PF deflagra operação para apurar atos de corrupção, gestão fraudulenta e outros crimes contra o Instituto de Previdência Social em Palmas
Monike Oliveira2024-05-29T10:27:49-03:00Por Polícia Federal.
Palmas/TO. A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (24/5) a Operação Moiras, com o objetivo de esclarecer possíveis crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro possivelmente praticados em prejuízo do Instituto de Previdência Social do Município de Palmas (PREVIPALMAS).
Policiais federais cumprem 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas/TO, Araguaína/TO, Paraíso do Tocantins/TO, Monte do Carmo/TO, São Paulo/SP, Piracicaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, Petrópolis/RJ, João Pessoa/PB, Oiapoque/AP e Santo Antônio de Goiás/GO. Os mandados cumpridos foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins.
O Inquérito Policial apura, entre outros fatos, suspeitas de direcionamento e conluio entre empresários, servidores públicos e agentes políticos para que o Instituto de Previdência Social do Município de Palmas (PREVIPALMAS) aplicasse R$ 50 milhões em fundos que não possuem liquidez (“fundos podres”), o que ocasionou um potencial prejuízo superior a R$ 74 milhões.
Ação da Polícia Federal. Imagem: Comunicação Social – Polícia Federal no Tocantins
A investigação tem por objeto identificar todas as pessoas que participaram das supostas ações criminosas, colher elementos probatórios suficientes para a comprovação dos fatos e a recuperação dos recursos supostamente desviados.
Dessa forma, nesta etapa da investigação a Polícia Federal também objetiva cumprir determinação da Justiça Federal consistente no sequestro de bens dos envolvidos, até o valor de R$ 74.433.036,70.
Os suspeitos poderão ser indiciados pela Polícia Federal e responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro, com penas que somadas podem chegar a 46 anos de reclusão.
Além disso, acaso comprovados os fatos, o Poder Judiciário poderá decretar a perda de bens e valores suficientes para a reparação dos danos decorrentes das infrações penais.
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Por SINFAR.
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A revelação sobre a fragilidade na gestão dos institutos de previdência gerou preocupação. Em entrevista, o especialista em investimentos Kelson Borges, ele comenta sobre o caso: “Investir em fundos sem liquidez representa um risco elevado, especialmente para instituições que dependem de uma gestão prudente dos recursos. É fundamental que haja transparência e responsabilidade nas decisões de investimento para evitar prejuízos aos beneficiários.” Entrevista completa no vídeo abaixo.
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