Prefeitura de Araguaína concederá 4,51% de reajuste de data-base para 2024

Prefeitura de Araguaína concederá 4,51% de reajuste de data-base para 2024

Por SINFAR.

Em reunião com os sindicatos no dia 22, sexta-feira, o prefeito Wagner Rodrigues informou o percentual do reajuste.

Em reunião com sindicatos, prefeito anunciou revisão anual dos servidores municipais. Foto: SINFAR.

Todos os anos no mês de março, os servidores do município de Araguaína esperam ansiosos o reajuste da data-base. O reajuste objetiva compensar a perda salarial em virtude da inflação acumulada no período.

O Governo Federal tem aplicado ao salário-mínimo um reajuste todos os anos, além de aplicar também um ganho real ao salário, isto é, um reajuste acima da inflação que neste ano foi de cerca de 3%.

O SINFAR e o SISEPAR, sindicatos que representam os servidores do município de Araguaína, apresentaram em fevereiro de 2024, uma proposta ao prefeito municipal de 15%. A proposta previa a reposição da inflação dos últimos 12 meses (aproximadamente 5%) e reposição de 10% para alcançar a mesma valorização do salário-mínimo dos últimos 10 anos.

Durante a reunião, o prefeito argumentou que não haveria como aplicar o reajuste acima do índice da inflação, em função do município não está arrecadando e recebendo os repasses federais e estaduais suficientes para cobrir a despesa com pessoal.

“Argumentamos com o prefeito e demais presentes a necessidade de reajuste acima da inflação. O ganho real valoriza o salário do servidor, movimenta o comércio local e aquece o setor de serviços. Aqui na região norte do país, sentimos que a inflação está muito maior, certamente em virtude da variação do preço dos alimentos e de outros bens de consumo. A distância de Araguaína em relação aos centros de produção aumenta o preço dos produtos, pois tem acréscimo dos custos do transporte terrestre. Mas sobretudo a concessão o ganho real ao salário demonstra a valorização da gestão em relação aos seus trabalhadores. São eles que fazem a máquina da administração pública funcionar. Eles cumprem seus serviços com excelência nesta Gestão e em todas as outras que se sucederem, independente de quem estará à frente da pasta!”, pontuou Monike da Silva presidente do SINFAR.

Os presidentes do SINFAR e SISEPAR sugeriram que fosse dado pelo menos o mesmo percentual dado pelo Governo Federal ao salário-mínimo, isto é, 6,97%. Entretanto, a proposta não foi aceita também sob a justificativa de que o ganho real na remuneração não pode ser concedido em ano eleitoral.

Foto: SINFAR.

“Os sindicatos apresentaram a proposta de 15% ainda em fevereiro, entretanto, durante a reunião até os 6,97% da contraproposta do SISEPAR e SISEPAR foram recusados pelo Prefeito. Manteve-se os 4,51% para se cumprir pelo menos o que determina a lei municipal sobre a revisão anual dos servidores. Entretanto, os sindicatos continuarão cobrando a reposição salarial nos próximos anos, pois sabemos que sem esta reposição a tendência é a perda do valor do salário e o aumento das desigualdades entre os trabalhadores”, ressaltou Carlos Guimarães presidente do SISEPAR.

O reajuste dos servidores municipais ficou em 4,51% e irá alcançar os servidores ativos, aposentados e pensionista. Excetua-se ao reajuste os professores nível I e II que recebem o piso nacional da categoria, os ocupantes de cargo de ACE (agente comunitário de endemias) e ACS (agente comunitário de saúde) que também possuem piso salarial e aqueles cuja a remuneração é o salário mínimo vigente. O projeto de lei encontra-se na Câmara Municipal e deverá ser votado nos próximos dias. A previsão é que o pagamento com o reajuste já aconteça no mês de abril.

O prefeito Wagner Rodrigues também anunciou durante a reunião o pagamento das insalubridades dos ACE (agente comunitário de endemias) e ACS (agente comunitário de saúde) calculado sobre o piso nacional da categoria, demanda que há tempos vem sendo postulada e negociada pelo SISEPAR.

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